sábado, 17 de agosto de 2013

Formas de comunicação

Crianças autistas podem “falar” sem palavras: formas de comunicação não-verbal

16AGO
Comunicar-se é algo diferente de falar. Muitos pais de autistas observam que seus filhos apenas repetem frases, palavras e perguntas – o que é chamado de ecolalia. Nem sempre, porém, isso quer dizer que a criança está buscando a comunicação com outras pessoas.
Por outro lado, autistas que não falam podem ter intenção de comunicar-se, e o reconhecimento de seus esforços levará a avanços em seu desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida.
A intenção de comunicação da criança autista pode manifestar-se por meio de gestos, olhares e sons, e a observação é o melhor caminho para pais e cuidadores identificarem-na.
Uma criança autista pode, por exemplo, começar a chorar sem motivo aparente, e ao notar a presença de seu pai ou mãe, parar de chorar e olhar para um objeto. Ela claramente tem a intenção de comunicar aos pais que deseja aquele objeto. Para perceber isso, os pais devem ter em mente que o choro tem um significado diferente para a criança que não fala – seja autista ou não. O fato é que à medida que os filhos crescem, tendo idade para falar, os pais tendem a esquecer-se disso, e continuam concentrando suas expectativas nas palavras faladas como a forma ideal de comunicação.
Outras formas de comunicação sem palavras que podem ser usadas por autistas são a motora, quando o autista empurra ou puxa uma pessoa ou objeto, por gesto, quando o autista olha fixamente para uma pessoa ou objeto, aponta ou indica, e a vocalização, quando o autista produz sons, inclusive o choro.
Para interpretar as mensagens que o autista quer transmitir em cada situação, é preciso observar com atenção, sem esquecer seus hábitos e gostos. Uma criança que vocaliza “mamã”, por exemplo, não necessariamente está tentando falar a palavra “mãe” ou chamar a própria mãe; essa vocalização pode ser apenas uma forma de chamar a atenção de alguém, produzindo um som que para ela pode ser como outro qualquer.
Texto escrito por Silvana Schultze, do blogwww.meunomenai.com
Baseado no artigo “Desenvolvimento de habilidades de comunicação expressiva para crianças com transtornos do espectro autista não-verbais” (tradução livre para o português).

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