domingo, 18 de agosto de 2013

Cientistas descobrem novo modo de diagnosticar autismo em crianças de 1 ano

Cientistas descobrem novo modo de diagnosticar autismo em crianças de 1 ano
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Um grupo de cientistas decifrou uma série de padrões biológicos que possibilitam o diagnóstico do autismo em crianças menores de um ano, segundo uma pesquisa apresentada nesta quinta-feira (8) na cidade australiana de Adelaide.
A pesquisa, divulgada durante a Conferência para o Autismo na Ásia-Pacífico, mostra como a rede genética interrompe a produção de células cerebrais que acarretam esta doença, que afeta uma em cada 100 crianças em maior ou menor medida.
Esta descoberta representa um grande avanço para diagnosticar o autismo, cuja identificação dos primeiros sintomas "é complexa e complicada", segundo Eric Courchesne, professor de neurociência da Universidade da Califórnia.
"É o primeiro descobrimento em genes cerebrais e nos mostra que o sistema genético poderia ser um fator importante para futuras pesquisas de tratamentos, no desenvolvimento de evidências adiantadas do autismo", afirmou o pesquisador ao canal australiano "ABC".
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A pessoa com autismo pode gritar, espernear e provocar grande confusão ao redor. VERDADE: até porque qualquer criança pode fazer isso, mesmo sem autismo. O que ocorre é que muitos pacientes, principalmente os casos mais típicos e intensos, têm uma baixa tolerância a ambientes com muito estímulo e que não passam familiaridade. A psicóloga Cristiane Silvestre de Paula conta que isso acontece com algumas crianças, especialmente as que não têm acompanhamento ou cujo comprometimento é maior: "O papel do profissional é lidar com esta situação, não só tratar, mas conscientizar a sociedade. Se a criança está com a mãe num supermercado, por exemplo, quem está ao redor pensa "esta mulher não sabe educar seu filho". As mães sofrem muito preconceito. Divulgando mais o assunto, as pessoas vão conhecer e, quem sabe, passem a respeitar mais" Leia mais Thinkstock
Segundo Courchesne, com estas técnicas de diagnóstico adiantadas, a doença poderia ser identificada em crianças de um a dois anos, ao invés da atual fase: entre os três e cinco anos.
"Isto significa que elas vão passar a receber um tratamento antes e, por isso, terão um resultado melhor", apontou.
O investigador declarou que as redes genéticas podem apresentar uma maior compreensão da doença e, inclusive, em algum dia, chegar a uma prevenção.
"Durante anos me perguntei qual é o sistema que causa o autismo, e tenho que dizer que este é um descobrimento muito emocionante", finalizou Courchesne.

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