segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Como Conversar com uma Criança Autista

Criado por Revisões wikiHow
Crianças com autismo são únicas e interpretam o mundo de forma diferente, em comparação a outras crianças. Em termos de habilidades sociais e comunicativas, elas mostram diferenças altamente visíveis. Crianças com autismo parecem se valer de uma linguagem própria, implementando um sistema que funciona para elas. Se seu filho foi diagnosticado com autismo, é importante que você aprenda sua linguagem, a fim de se comunicar adequadamente com ele.

Método 1 de 3: Comunicando-se de maneira eficaz com uma criança autista

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    Converse sobre os interesses dela. É muito mais fácil conversar com uma criança autista, uma vez que você descubra algum interesse dela. Ela pode acabar se abrindo com você, se estiver confortável em falar sobre o assunto em pauta. Saber “falar a língua” da criança é essencial para conseguir uma boa comunicação.
    • Caso seu filho goste de carros, você pode usar este assunto para fazê-lo se abrir e conversar.
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    Encurte suas sentenças. Uma criança autista conseguirá processar melhor as informações em uma conversa, caso você use frases curtas. Perceba que a própria criança se comunica através de frases curtas, e você deve imitar isso. Além disso, tente se comunicar por escrito.
    • Você pode escrever, "vamos comer agora". A criança poderá responder por escrito ou verbalmente, que é maneira mais eficaz, por causa do contato visual.
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    • A comunicação através da escrita pode ser uma ótima ferramenta.
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    Desenhe. Estímulos visuais podem ser altamente benéficos para crianças com autismo. Tente desenhar diagramas, instruções ou imagens simples, a fim de ajudar a comunicar suas ideias. Estímulos visuais podem ajudar a criança a compreender de maneira mais clara o que você está tentando expressar verbalmente; muitas crianças autistas respondem de maneira mais efetiva a comunicação visual.
    • Tente usar recursos visuais para criar um cronograma para seu filho.
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      • Desenhe as atividades diárias da criança; o café da manhã, a ida para a escola, a volta para casa, a criança jogando, dormindo, etc.
      • Isso permite que seu filho verifique suas atividades diárias, adicionando alguma estrutura ao dia dele,
    • Você pode usar bonecos de palitinho para explicar as atividades, mas certifique-se de adicionar um traço marcante a cada personagem.
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      • Por exemplo, se você for ruiva, pinte o cabelo de sua personagem de vermelho, para a criança conseguir associá-la a você
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    Permita que a criança tenha mais tempo para processar informações. Você pode precisar usar pausas com mais frequência, ao conversar com ela. Seja paciente, e certifique-se de não apressá-la, permitindo que ela leve o tempo necessário para processar e responder.
    • Caso seu filho não responda a uma pergunta, não faça outra logo depois. Isso pode deixá-lo ainda mais confuso.
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    Sela linguisticamente consistente. Crianças com autismo podem não conseguir processar certas variações de palavras; certifique-se de falar de maneira consistente, a fim de não confundir a criança.
    • Consistência é crucial para estas crianças.
    • Por exemplo, durante um jantar, você teria uma dúzia de maneiras diferentes de pedi-lo para passar as ervilhas. Ao se comunicar com crianças autistas, é melhor se ater a frases coerentes e uniformes.
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    Seja sensível, e não leve o silêncio da criança para o lado pessoal. Seu filho pode passar longos períodos sem conversar com você; faça o seu melhor para compreender isso. Aborde a criança de maneira sensível e continue tentando, ainda que isso resulte em várias interações difíceis. Ser persistente e sensível é a única maneira de incentivá-lo a confiar em você.
    • Você nunca poderá saber exatamente o motivo do silêncio do seu filho. O timing das conversas pode não estar muito adequado, o ambiente pode não estar favorecendo, ou a criança pode estar imaginando algo totalmente fora de contexto.
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    • Se outras pessoas tentarem conversar com seu filho, podem pensar que ele é anti-social ou que não gosta delas. Raramente isso é verdade. De qualquer forma, certifique-se de as outras pessoas estejam cientes da situação do seu filho.
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    Inicie as conversas com uma declaração. Quando você pergunta “como vai você?” a alguém, geralmente espera uma resposta simples e rápida. No caso de crianças autistas, isso pode ser bem diferente, visto que elas podem se sentir intimidadas ou oprimidas por perguntas. É sempre melhor começar com uma declaração, para que ele se sinta incentivado a interagir.
    • Elogiar o brinquedo de uma criança pode ser uma ótima maneira de iniciar uma conversa.
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    • Basta fazer um comentário e esperar para ver se ela responde.
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    • Mais uma vez, fale sobre temas interessantes para a criança.
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    Não o exclua. Haverá momentos em que a criança desejará se envolver, e terá dificuldades. Esteja consciente da presença dela, e a inclua da melhor maneira possível. Mesmo que não haja resposta, é importante se esforçar. Isso pode significar muito para a criança.
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    Converse com seu filho nos momentos certos. Escolha um momento no qual a criança esteja mais tranquila, e interaja com ela. Se a criança estiver mais calma, será mais receptiva ao que você tem a dizer. Além disso, escolha locais onde não estejam acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo; estímulos excessivos podem deixar seu filho desconfortável.
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    Fale de maneira literal. Crianças autistas podem se atrapalhar com linguagem figurada. Para elas, é difícil compreender expressões idiomáticas, sarcasmo e certos tipos de humor. Certifique-se de ser literal e específica, a fim de tornar a compreensão mais fácil.

Método 2 de 3: Auxiliando em outras áreas da vida do seu filho

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    Fique por dentro do plano de tratamento do seu filho. Interaja o máximo possível com o médico do seu filho, e certifique-se de inclui-lo nas conversas, quando for apropriado. É muito importante se lembrar de que a criança processa informações de forma diferente; você não deve esperar que ela se comunique como os outros. Não permita que isso se torne um motivo para isolar seu filho; em vez disso, incentive-o a se envolver.
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    Ensine outras formas de interação social positiva a seu filho. Incentivar o contato visual é sempre bom, pois este é um terreno complicado para uma criança autista. Por mais que fazer isso demande sensibilidade e paciência, é sempre muito válido.
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    Se possível, ensine estas dicas para os professores e a babá de seu filho.Garantir que os outros adultos em contato direto com seu filho compreendam a situação dele, é uma ótima maneira de promover o desenvolvimento da criança. Envolva-se na vida escolar do seu filho; é muito importante manter a consistência nas práticas de comunicação.

Método 3 de 3: Compreendendo o quão diferentes são as crianças autistas

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    Reconheça que a visão de mundo de uma criança autista é diferente.Crianças com autismo simplesmente não interpretam o mundo como outras crianças. Pode ser difícil interagir com elas, quando precisam se esforçar para interpretar algo. No entanto, certos estímulos podem ser melhor compreendidos do que outros.
    • Por exemplo, algumas crianças conseguem compreender a comunicação escrita bem melhor do que a falada.
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    Não leve o desinteresse da criança para o lado pessoal. Se os sintomas do autismo forem graves em seu filho, ele simplesmente pode não se interessar no que você está dizendo. Crianças autistas tendem a terem interesses muito estritos; elas pode não responder, caso o assunto se desvie do interesse delas.
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    Entenda que uma criança com autismo pode não compreender sinais sociais. Ela pode nem saber que você está tentando conversar com ela; a gravidade deste sintoma é proporcional a gravidade do autismo da criança.
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    Leve em conta que crianças autistas podem não saber como participar de algo. Frequentemente, a criança pode querer participar de uma atividade, mas pode não possuir as habilidades sociais necessárias. Seu filho pode precisar de ajuda nestas ocasiões.
    • Crianças autistas são sociais à sua maneira, você deve encontrar uma forma de incluí-la eficazmente.
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    Antecipe dificuldades com habilidades verbais. Se o autismo da criança for grave, é possível que ela seja extremamente limitada verbalmente. Isso não significa que ela não consiga compreender; na verdade, seu filho pode ser excelente em aprender coisas. É tudo uma questão de aprender a falar a língua deles. Durante esse processo, você precisa se lembrar de que ela possui necessidades únicas, e não tratá-las com desdém.


domingo, 28 de setembro de 2014

JOÃO VICTOR começa querer se comunicar depois de 4 anos...(autista)

João victor autista e suas evoluções em 2013

Meu filho era autista - Autismo atinge mais de dois milhões de brasileir...

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Autismo Infantil em menina de quatro anos.

Um Só Mundo Documentário Autismo

Atividades - Percepção visual



Aproveitando o interesse  das crianças para trabalhar a percepção visual.




Atividades para trabalhar com Autistas

Atividades para trabalhar a coordenação motora.















quarta-feira, 24 de setembro de 2014

AUTISMO - TRANSTORNO INVASIVO DO DESENVOLVIMENTO


AUTISMO - TRANSTORNO INVASIVO DO DESENVOLVIMENTO
O Autismo é visto com o uma inadequacidade que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É encontrado em todo o mundo e, em famílias de qualquer configuração racial, cultural ou social.
Os sintomas podem ser verificados pela anamnese, observação comportamental, exames ou entrevistas com o individuo e familiares. Os sintomas do autismo abrangem:

1. Distúrbios no ritmo de aparecimento de habilidades físicas, sociais e lingüísticas;
2. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo.
3. Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Ritmo imaturo da fala, quando surge, restrita compreensão de idéias. Uso de palavras sem associação com o significado.
4. Relacionamento anormal com objetos, eventos e pessoas. Respostas não apropriadas a adultos ou crianças. Uso inadequado de objetos e brinquedos.

Existem formas mais graves onde crianças com autismo podem apresentar comportamento destrutivo, auto –agressivo e forte resistência à mudanças. Há ainda crianças com níveis de inteligência mais preservados, onde é possível observar determinadas habilidades bastante desenvolvidas, as quais podem constituir verdadeiros talentos relacionados a sensibilidade musical, habilidades matemáticas, memorização, desenhos e pinturas, dentre outros.
O portador de transtorno autista estará portanto, segundo Bereohff (1997), mais favorecido se em seu tratamento for dedicada atenção à interdisciplinaridade, se houver um consenso na investigação e ação entre as diversas áreas de estudo e interesse, tais como a farmacologia, a psicoterapia, a educação, a fisioterapia, a fonoaudióloga, a terapia ocupacional, o acompanhamento médico e, principalmente, o apoio ativo dos pais, dado que o transtorno prejudica várias áreas do desenvolvimento de forma, inter-relacional.

Não existe uma medicação para a cura do autismo, pois até hoje não se conhecem as causas de sua existência. Existem medicações apenas para administração dos sintomas do autismo. Os autistas tem potencialidades à serem trabalhadas com um bom desempenho educacional em conjunto com uma boa equipe multidisciplinar e o apoio integrado com pais.
E.E.Meu mundo da AMA-REC/SC tem como objetivo principal de sua existência, lutar por uma vida mais digna para as pessoas com autismo. Neste sentido, acreditamos que somente uma ação conjunta com a colaboração e aceitação da sociedade empresarial civil e organizada será possível provocar uma mudança, humana/construtiva capaz de fazer a grande diferença no desenvolvimento dos autistas que como todos, tem uma missão à cumprir e compete à uma humanidade apoiarem-se mutuamente, nesta caminhada terrestre rumo ao futuro.
A primeira descrição de Autismo dado por LeoKanner em 1943, define o Autismo como “distúrbio Autístico do contato afetivo”.

O autismo é inapto para estabelecer relações normais com o outro. Tem atraso na aquisição da linguagem q quando ela se manifesta apresenta uma incapacidade no valor de comunicação. Às vezes, dão provas de uma memória notável em algumas áreas específicas, outras vezes apresenta esteotípias gestuais e tem uma necessidade imperiosa de manter imutável seu ambiente material.

Em contraste a esta situação, fisicamente apresentam um rosto inteligente, um porte altivo numa aparência física normal.
Para quem convive com autistas é comum observar extremos. Num certo momento são tão inteligentes, exigentes e seguros de si, logo á seguir com ou mesmo sem uma razão aparente, ou saltitam como crianças, mesmo sendo adultos e com peso superior a medida, ou passam pelas pessoas sem as perceberem realmente. As vezes se isolam e falam baixinho ou riem sem motivo, olhando não se sabe-se quem ou onde. Outras vezes se automutilam, se auto agridem, ou tornam-se agressivos ao que lhe vem pela frente (sejam pessoas, animais, ou coisas, não importa o que).
São imprevisíveis e tem a capacidade de transportar quem lhe convive a outro, da esperança ao desespero. Quando concentrados e atentos, todo o aprendizado é possível e quando um conhecimento ou experiência foram aprendidos jamais será esquecido.

Os autistas apresentam sinais comuns essenciais ao diagnóstico, sinais específicos de cada um, o que explica as variações individuais. Apresentam distúrbios cognitivos e sensoriais.

A medida que crescem e se desenvolvem podem desenvolver uma maior ligação com o outro. Mas as relações sociais permanecem superficiais e imaturos a comunicação verbal é patológica. A expressão é anormal, a compreensão da linguagem é muito limitada. Poderão entender e seguir uma instrução simples, mas, perdem-se numa instrução mais complexa.

Experimentam uma necessidade de imitabilidade que se manifesta por uma resistência marcada a mínima mudança no ambiente habitual do autista.

Seus jogos, ou seu brincar é mecânico, sem criatividade ou imaginação, excercendo normalmente repetitivos (ex: enfileirar materiais de alguma coleção, rolar um canudo ou caneta entre os dedos, acender apagar a luz, etc..).
Tem apego exagerado a um objeto em particular que guardam o tempo todo e reagem quando lhes for retirado.
Alguns autista com expressão verbal tem preocupações inabituais e respectivas, usados em local e hora inadequados. Fazem perguntas esteotípias e esperam uma resposta precisa e sempre idêntica. Alguns autistas demonstram uma memória notável fotográfica, para lista de nomes históricos, poemas as vezes ouvidas há anos antes e reproduzidas com exatidão neste momento.

O paradoxo maior encontra-se naqueles capazes de fazer cálculos mentais com grande rapidez, o que parece desenvolver-se entre 4 e 7 anos, segundo (Rutter, 1978). As estereotipias são variadas e se processam em determinadas horas do dia, agravar-se em momentos de ansiedade. A autismo torna-se visível até os 30 meses, quando normalmente os pais, espontaneamente ou por indicação de parentes e amigos, percebem que seu filho não atingiu um determinado estágio de desenvolvimento (ex: linguagem ou a socialização. Nestes casos, somente uma boa reconstituição dos primeiros anos de vida poderá revelar os sintomas presentes mais cedo).

Podem apresentar uma atividade ou uma hipoatividade ou o mito de ambos com relação as estimulações demonstrando um déficit sensorial (ex: procura para diagnostico de surdez, quando não há surdez ou qualquer outro déficit primário de percepção).

Fenômenos – ás vezes não tem reações á objetos passando por cima destes, como se não tivesse percepção visual ou tátil, as vezes, fixam o sol ou a lâmpada, as mãos e objetos próximos, fixamente. Depois em determinados momentos, assustam-se com uma luz ou com a defrontação de um novo objeto.

Durante os dois primeiros anos de vida, podem não reagirem aos fenômenos dolorosos como cortes, quedas, injeções. Depois, podem ter uma reação excessiva ao toque,á dor ou a temperatura. Podem ocorrer, em algumas crianças aversão insuportável ao toque de um tecido particular.

A criança autista girando por longos períodos nunca tem vertigens (nistagmos), pois, mesmo com as estereotipias motoras pode ocorrer o fato de girar a cabeça ou se balançar, porem demonstra aversão pelas estimulações vestibulares induzidas como elevador, escada rolante e carros. São reações variadas que podem partir de um extremo ao outro e também, podem ser intermediarias entre um ponto e outro.

Contudo são essas variações que se tornam uns totalmente diferente de outros, dificultando um diagnóstico e imediato e tornando necessário o atendimento individualizado. O autismo continua sendo uma incógnita como uma casa numa montanha. É visualizada por muitos mas, o seu interior continua uma incógnita subir a montanha, é praticamente impossível, além da altura é predegosa, escorregadia. No entanto alguns alpinistas já conseguiram aproximar-se e abrir algumas fendas na rocha íngreme que contorna a casa.

Já é possível visualizar uma janela semi aberta como se lá dentro houvesse um alguém desconhecido á espreitar quem se aproxima desta casa tão bem protegida , alheia á tudo e a todos mas, tão triste e solitária que chega a ser angustiante.
Assim é a prisão autística destes anjos que tem reações inconscientes que intrigam e , ao mesmo tempo induzem a todos que os conhecem, a refletir sobre as próprias reações consciente. Este é apenas um lado da incógnita do autismo que continua firme lá, na altura da montanha, distante da nossa realidade, mas bem próxima do infinito.

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ESTATÍSTICA
Incidência de Autismo:1 em cada 175 nascimentos 4 meninos para 1 meninaTodas as classes sociaisRev Americana “Time Magazine” – Mai./02
 
ESPECTROS MAIS CONHECIDOS DE AUTISMO
Síndrome de Angelman;Síndrome de Asperger;Síndrome do X Frágil;Síndrome de Landau Kleffner;Síndrome de Rett;Síndrome de Prader –Willi;Síndrome de Willians;Hiperlexia;* Entre outros.
 
ADOLESCÊNCIA
As complicações do autismo tendem a ocorrer na puberdade e no inicio da adolescência. Nesta época há um aumento da incidência de convulsões, graves crises de comportamento caracterizados por comportamentos regressivos, impulsivos e agressivos , além de depressão.

As convulsões ocorrem em 20% a 28% dos casos, e o risco de ocorrência é maior nos autistas com retardo mais grave. As crises de comportamento manifestam-se de várias maneiras inclusive violência, agressividade, automutilação, exacerbação do distanciamento autista e dos rituais compulsivos e perda de habilidades adquiridas e de comportamentos adaptativos. Muitas vezes são impossíveis de serem manejados em casa e requerem hospitalização ou institualização. Depressões são freqüentes em autistas menos comprometidos e de melhor nível de funcionamento e, nestes casos o suicídio é um risco grave. (Edvard M. Ornitz – pg131).
 
DIAGNÓSTICO
Para auxiliar no diagnostico do autismo infantil é útil pensar em termos de subconjuntos de sintomas.

• Distúrbios do relacionamento interpessoal – são comportamentos que indicam uma dificuldade precoce de desenvolver relacionamentos interpessoais como: ausência ou deficiência no contato olho a olho.

- atraso ou ausência de sorriso social.
- Atraso ou ausência dos movimentos de antecipação para ser pego no colo.
- Aparente aversão ao contato fisco.
- Tendência a interessar-se por partes de outra pessoa (pé ou mão) de interessar pela outra pessoa.
- Ausência de interesse em brincar com os outros, e preferência pelo isolamento.
- Distanciamento persistente dos outros. Quando crianças , há incapacidade de participar de uma brincadeira ou de partilhar um brinquedo com o outro e, quando maiores este distúrbio se manifesta na incapacidade de empatizar sensações ou interesses com os outros.
 
COMO TRABALHAR COM AUTISTAS
DISTURBIOS DE COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM

O inicio do desenvolvimento da linguagem caracteriza-se por mudez ou ecolalia. A fala não é usada para comunicação com ausência ou pobreza de comunicação não-verbal. Na maioria dos pacientes, nem a expressão facial e nem os gestos são usados como formas de comunicação. A fala para fins de comunicação, quando ocorre, não apresenta diferentes entonações, é arrítimica, sem inflexões e não transmite emoções. Em crianças autistas, mais velhas a comunicação é pouco espontânea e original.

CODISTURBIOS EM RELAÇÃO A OBJETOS

As crianças autistas de pouca idade usam objetos inanimados quase que exclusivamente para gira-los ou sacudi-los. Mostram uma tendência para enfileirar ou arrumar esses objetos sempre da mesma maneira, dando a impressão der querer manter seu ambiente sempre igual, sem variações. Mais tarde passam a fazer uso ritualizando desses objetos em atitudes repetitivas. Apresentam graves deficiências nas brincadeiras simbólicas e são incapazes de usar brinquedos e outros objetos de forma imaginativa.
DISTURBIOS DA MODULAÇAO SENSORIAL
A incapacidade de modular adequadamente os impulsos sensoriais é bem mais evidente quando são mais novos. Todas as modalidades sensoriais estão afetadas e a modulação adequada dos impulsos sensoriais manifesta-se tanto por falta de reações quanto por reações exageradas acompanhadas de auto-estimulação sensorial.
A hiporreatividade a estímulos auditivos evidencia-se pelo aparente descaso tanto a comandos verbais quando a ruídos fortes. Barulhos súbitos que poderiam assustar qualquer um; para os autistas pode não acontecer nenhuma reação. Em termos de visão, a criança pode ignorar a presença de novas pessoas na sala ou objetos em seu ambiente e passar por cima deles, como se não existissem. Às vezes, deixam cair objetos colocados em suas mãos, como se não tivessem percepção tátil. Estímulos dolorosos, como pancadas, cortes e contusões freqüentemente são ignorados.
No entanto também pode ocorrer o contrário, com reações exageradas à estes mesmos estímulos sensoriais. Podem apresentar uma percepção muito aguçada em detalhes ao ponto de se distraírem e as vezes, uma sensibilidade muito aumentada em estímulos sensoriais que elas próprias buscam e induzem. Alguns distúrbios de mobilidade podem produzir intensa estimulação sensorial. Para introduzirem estímulos auditivos esfregam, batem ou ficam puxando as orelhas, rangem os dentes ou aranham, batem e “batucam”, em superfícies.
Em termos de visão, elas ficam olhando os movimentos de seus dedos e suas mãos e observam fixamente, os detalhes das superfícies. Estímulos são obtidos por movimentos do corpo, em balanços para frente e para trás e para os lados ou por movimentos circulares da cabeça. Contrastando com a busca de estímulos sensoriais, existe um paradoxal desconforto causado por estímulos em todas as modalidades sensoriais. Podem agitar-se com o som de sirenes, aspirador de pó, liquidificador, latidos e chagam a tapar os ouvidos para evitar a intensidade desse sons e, as vezes reagem igualmente à ruídos leves como o simples ruído de amassar um papel.
Mudanças bruscas de iluminação ou encontro inesperado com um objeto também podem provocar as mesmas reações de medo demonstradas anteriormente. Quanto ao tato, podem demonstrar aversões a determinados tecidos como a lã, Poe exemplo. Normalmente preferem superfícies lisas (seda, cetim). Nos dois primeiros anos de vida, até a alimentação com consistência áspera, normalmente provoca mal-estar.
Aversão a estímulos vestibulares podem ser induzida por lutas de brincadeira ou até andar em elevador. Os distúrbios de modulação sensorial e de mobilidade ocorrem principalmente entre 24 e 60 meses de idade.
Exemplos: tanto a hipo-reatividade , quanto a hiper-reatividade a sons também são considerados como sintomas dos distúrbios de linguagem.
DISTURBIOS DA MOBILIDADE

Ocorrem principalmente em crianças de pouca idade. Os maneirismos são complexos, ritualísticos e estereotipados e não parecem ser totalmente voluntários, ocorrendo de forma intermitente ou continua. Diversos movimentos dos dedos das mãos na frente dos olhos podem-se transformar num movimento estereotipado e repetitivo. A criança flexiona ou estende os dedos ou as mãos ou alterna a provação e superação do antebraço. O andar nas pontas dos pés ocorrem em estações de excitação quando começam a nadar em círculos ou como modalidade exclusiva do caminhar.
Movimentos bruscos do tronco ou de todo o corpo aparecem, muitas vezes acompanhados por movimentos giratórios e pancadas na cabeça, embora com esta atividade motora, bastante perturbada, as crianças autistas não são, necessariamente hipertivas, apesar de em alguns casos a hiperatividade seja o sintoma mais importante. Em crianças ainda podem ocorrer episódios súbitos e breves de imobilidade.
Condições associadas ao autismo – as principais condições patológicas encontradas associadas ao autismo são: retardo mental, síndromes cerebrais orgânicas (com ou sem convulsões) e uma historia de ocorrências anormais nos períodos pré e neonatal.

 
 
PRINCIPAIS ASPECTOS A SREM CONSIDERADOS
1. A comunicação (receptiva e expressiva);
2 . A atenção e concentração;
3 . O comportamento;
4 . As AVD’s
A programação será introduzida a medida que o desempenho da pessoa permitir.
 
COMUNICAÇÃO
Principal meta;Dela consigo mesma, com as pessoas, com o mundo, com os acontecimentos e com os objetos;A mais fácil é com os objetos porque eles não mudam;A linguagem verbal normalmente não faz sentido para autistas;Outras formas de comunicação precisam ser encontradas;O autista tem mais chance de aprender o significado se usarmos poucas palavras e sempre as mesmas;É importante ensiná-los a usar gestos;Muitas tentativas de comunicação não são percebidas pelos padrões sociais;A pessoa que interage com ele deve ser sensível capaz de um processo de empatia;Emitar um gesto estereotipado, as vezes funciona para estabelecer contato;Porém estimular para que ele se comunique;Devemos estar atentos para as oportunidades;Sempre observar e estudar o desempenho da criança;Para conseguir contato as vezes são necessárias atitudes extremas.
Ex: Apagar a luz e iluminar o rosto, colocá-lo na cadeira de um jeito que não possa fugir e segurar o rosto...
 
A ATENÇÃO
A falta de atenção pode estar ligada a causas fisiológicas ou neuropatológicas.
Como educadores devemos tentar:
- Manipular a hiperatividade;
- Intervir para reduzir o alheiamento;
- Estimular as percepções sensoriais;
- Sensibilizá-lo para o seu próprio corpo;
- Guiando-o através de ajuda física p/ que execute movimentos;
- Promover a focalização do olhar;
- Eliminar possibilidade de distração;
- Explorar motivação;
- Aprofundar interações
(Ex. tirar um objeto de suas mãos e devolvê-lo em seguida, aumentando gradativamente o tempo de retenção do objeto para ver se ele procura.)
  As atividades precisam proporcionar sucesso a curto prazo, caso contrário não estimularam novas tentativas;  A música é um elemento muito importante;  A percepção auditiva dos autistas é muito peculiar;  Os autistas são muito seletivos, assim uma figura c/ muito pormenores poderá confundi-lo;   Assim precisamos começar com um sentido ou percepção para depois fazer outras integrações;  Por esta razão o professor deve ficar por trás do aluno, enquanto vai surgindo as atividades e dando ajuda física necessária. 
 
COMPORTAMENTO
- Os autistas costumam ter comportamentos que dificultam sua integração social. Podem apresentar negativismo tão acentuado que se recusam até sair do chão, a sentar-se ou a comer;
- Mas, nenhum comportamento é eterno;
- As vezes este comportamento estranho é a única maneira de expressão, de se sentirem vivos. Pela dificuldade de comunicação custam a aprender e manifestar outras maneiras.
- Para tentar controlar os problemas de comportamento devemos:
* Limitar as oportunidades para que os problemas aconteçam;
* Analisar o comportamento atípico;
* Planejar a atitude face o problema e verificar que todas as pessoas tenham a mesma postura;
* Manter consistência e coerência;
* Redirecionar se for necessário mas só após consulta ao grupo;
* Fomentar um comportamento alternativo para substituir o indesejável como estratégia de passagem para alcançar o comportamento desejado;
* Manter registro das observações para não perder de vista a evolução do caso;
* No caso de auto-agressão, considerar a possibilidade de tratar-se de falta de estímulo ou incapacidade de responder ao estímulo;
* Reforçar positivamente os bons comportamentos, quando não existirem dar um intervalo nos demais comportamentos, só criar saldo positivo;
* Dar um tempo para ele, pois precisa de momentos de descanso a essa “invasão”, mas nunca deixá-lo entregue ao isolamento;
* A hiperatividade melhora quando contida – dar tarefas;
* Os comportamentos compulsivos diminuem com as tarefas;
* As crises de birras não podem ser valorizadas;
* É preciso certificar-se de que a negatividade do autista não tem uma razão;
* Os autistas tem um limiar baixo para frustração – quanto mais ele se fechará em seus rituais e maneirismos;
* Quando toma medicação que interfere em seu comportamento, é importante registrar as alterações para subsídios ao médico;
* Todas as atividades terão de ser pacientemente ensinadas assim como o uso funcional dos brinquedos. Ele não simboliza e dificilmente vai saber que fazer com o brinquedo.
 
O TREINO DAS AVD’s
  O estabelecimento de atos higiênicos são importantes para que consiga integrar-se até mesmo em sua casa;  É necessário uma rotina diária, estruturada para que esses hábitos sejam assimilados e estabelecidos;  O programa deve ser baseado em:
- Rotina
- Conservação
- Estruturação
A rotina é importante para que ele saiba o que vai acontecer em seguida.A estruturação dá consistência ao trabalho.
* Quando algumas aquisições forem alcançadas, precisamos conservá-las da reaplicação das mesmas em situações diferentes com pessoas diferentes;
* Deve ser ter um lugar bem estruturado, qualquer alteração pode provocar uma crise;
Os locais devem ficar claros;Quando chegar a escola deve ser recebida (inicialmente) pela mesma pessoa – Cumprimentando e chamando pelo nome;A programação deve ter um ritmo constante, conter canto, atividades que valorizem a organização do comportamento,atividades para o desenvolvimento de habilidades, educação física e programação escolar compatível ao desenvolvimento. Necessitam de atendimento individualizado mas, para que sejam estimulados precisam que participem de grupos;Crianças deficientes bem comunicativas pode ser a melhor opção;Estejam preparados para o retrocesso;É importante espaço para a criatividade, aproveitando algumas iniciativasNão podemos esquecer que apesar de todas as suas limitações os autistas podem ter habilidades tão raras e especiais que não poderíamos imaginar que tivessem!

Fonte:http://www.amigosdoautista.com.br/oautismo.htm
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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Transtornos Globais do Desenvolvimento


O que são os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD)?

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida. Caracterizam-se pelos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades.
Os TGD englobam os diferentes transtornos do espectro autista, as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett.
Com relação à interação social, crianças com TGD apresentam dificuldades em iniciar e manter uma conversa. Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque do outro, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de comportamentos não-verbais e, ao brincar, preferem ater-se a objetos no lugar de movimentar-se junto das demais crianças. Ações repetitivas são bastante comuns.
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento também causam variações na atenção, na concentração e, eventualmente, na coordenação motora. Mudanças de humor sem causa aparente e acessos de agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam seus interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só atividade, como observar determinados objetos, por exemplo.
Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos outros - fenômeno conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por meio de gestos ou com uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.
Como lidar com o TGD na escola?Crianças com transtornos de desenvolvimento apresentam diferenças e merecem atenção com relação às áreas de interação social, comunicação e comportamento. Na escola, mesmo com tempos diferentes de aprendizagem, esses alunos devem ser incluídos em classes com os pares da mesma faixa etária.
Estabelecer rotinas em grupo e ajudar o aluno a incorporar regras de convívio social são atitudes de extrema importância para garantir o desenvolvimento na escola. Boa parte dessas crianças precisa de ajuda na aprendizagem da autorregulação.
Apresentar as atividades do currículo visualmente é outra ação que ajuda no processo de aprendizagem desses alunos. Faça ajustes nas atividades sempre que necessário e conte com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE). Também cabe ao professor identificar as potências dos alunos. Invista em ações positivas, estimule a autonomia e faça o possível para conquistar a confiança da criança. Os alunos com TGD costumam procurar pessoas que sirvam como 'porto seguro' e encontrar essas pessoas na escola é fundamental para o desenvolvimento.
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/transtornos-globais-desenvolvimento-tgd-624845.shtml