quinta-feira, 3 de abril de 2014

Dia Mundial da Conscientização do Autismo: veja como diagnóstico ajudou Messi a ser o melhor do mundo

Dia Mundial da Conscientização do Autismo: veja como diagnóstico ajudou Messi a ser o melhor do mundo

Jogador foi diagnosticado aos oito anos de idade
Do R7
Messi, um dos maiores craques do futebol, é autistaMiguel Ruiz / FCB
Poucos sabem, mas o segundo dia de abril é destinado à conscientização do autismo; uma disfunção global do desenvolvimento. Trata-se de uma alteração que afeta a capacidade de comunicação, de socialização e de comportamento. E uma das principais personalidades do mundo futebolístico descobriu, aos oito anos de idade, que era autista.
Trata-se do argentino Lionel Messi. O maestro do Barcelona, eleito quatro vezes melhor jogador do mundo, foi diagnosticado ainda criança com a Síndrome de Asperger, uma forma branda de autismo. 
A síndrome normalmente afeta o sexo masculino e apresenta quadros como atos motores repetitivos. Já dá para fazer aqui a relação com a carreira escolhida pelo argentino. As jogadas, os dribles, a movimentação, o chute e o impressionante domínio de bola do craque podem ser explicados, ou enaltecidos, pelo diagnóstico que Messi recebeu quando tinha oito anos.
Isso porque a qualidade de seus movimentos pode ser atribuida aos padrões de repetição característicos do autismo, além, claro, de sua própria habilidade. Além disso, a memória descomunal que os autistas possuem também trabalhou a favor do jogador. Pode-se dizer que Messi praticamente prevê os movimentos do goleiro e já entra na área sabendo que o gol é certo.
Fora de campo fica ainda mais fácil perceber as característas da síndrome presentes no jogador. Messi é extremamente tímido e é visível seu desconforto durante entrevistas.
Nada que afete um dos maiores ídolos do futebol. Muito pelo contrário.
Fonte:http://esportes.r7.com/futebol/dia-mundial-da-conscientizacao-do-autismo-veja-como-diagnostico-ajudou-messi-a-ser-o-melhor-do-mundo-02042014

No Dia Mundial do Autismo, o Estado de São Paulo anuncia Protocolo sobre pessoas com autismo e se ilumina de azul

No Dia Mundial do Autismo, o Estado de São Paulo anuncia Protocolo sobre pessoas com autismo e se ilumina de azul

Menino olha para o nada, enquanto professora dá aula


No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 02 de abril, diversos locais ganham iluminação na cor azul, para simbolizar a pessoa com autismo e a inclusão dessas pessoas na sociedade. 


A sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo ilumina-se com o tom azul do dia 02 à 00h do dia 03.


Em São Paulo, além do prédio da Secretaria, estarão iluminados os arcos do Anhangabaú, a Ponte Estaiada e o Monumento às Bandeiras. Outros pontos do país também estarão iluminados com a cor azul, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro e a Ponte Rio Negro, no Amazonas.


Neste dia especial, o Governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Saúde, anuncia o Protocolo do Estado de São Paulo de Diagnóstico, Tratamento e Encaminhamento de Pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).


O documento considera que dentro do autismo, o grau de gravidade varia entre pessoas que apresentam um quadro leve, e com total independência e discretas dificuldades de adaptação e comunicação, até aquelas pessoas que são dependentes para as atividades de vida diária, ao longo de toda a vida.


Diante deste cenário, foram classificados os diversos níveis e graus para o diagnóstico dessas pessoas, por meio de análise de quadro clínico. Dentro do estudo desse tipo de deficiência intelectual, também foram encontrados pontos que mostram que, além de um componente genético, existe também um componente ambiental para que a pessoa nasça com autismo.


Conforme o Protocolo, entre as abordagens terapêuticas estão: projeto terapêutico singular; terapia fonoaudiológica; terapia ocupacional e tratamento medicamentoso no TEA. 


As reavaliações das pessoas autistas devem ser feitas a cada seis meses, com o intuito de observar os ganhos obtidos com o tratamento específico, pontos de estagnação e quais as novas necessidades de cada atendido.
 

DIAGNÓSTICO


De acordo com o Protocolo, algumas das características que diagnosticam a pessoa com autismo são: prejuízo qualitativo na interação social; prejuízos qualitativos na comunicação; e padrões restritos e repetitivos de comportamento. 


Outras características podem ser identificadas como: dificuldade em sentir empatia em relação aos demais e crises de agitação.


O diagnóstico dos Transtornos do Espectro Autista é clínico e deve ser feito de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde, pela anamnese, (entrevista realizada pelo profissional de saúde) com pais e cuidadores e mediante observação clínica dos comportamentos.


A identificação precoce dos sinais e dos sintomas para o desenvolvimento do TEA é fundamental e quanto antes o tratamento for iniciado, melhores são os resultados. Entre esses sinais estão: a falta de sorrisos e expressões alegres nas crianças; falta de resposta da criança às tentativas de interação; falta de resposta quando a criança é chamada pelo nome; entre outros.


São necessárias avaliações pediátrica/clínica, neurológica e psiquiátrica amplas e completas, para que o diagnóstico diferencial seja de qualidade. 


Dentre os diagnósticos diferenciais estão: baixa acuidade e deficiência auditiva; privação psicossocial severa; deficiência intelectual; transtorno de linguagem; e mutismo seletivo, entre outros.


O diagnóstico de autismo já é possível antes dos três anos de idade. Em geral, as principais características de uma criança com essa condição são: dificuldades na interação social, comunicação tardia, palavras e movimentos repetitivos, que podem se manifestar em maior ou menor grau, dependendo do tipo de autismo.


Recomenda-se que os pais com suspeitas levem a criança ao pediatra ou, se necessário, ao neuropediatra ou psiquiatra infantil. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de favorecer seu desenvolvimento.
 

LEGISLAÇÃO


No final de 2012, a presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei aprovada pelo Congresso que assegura novos direitos aos autistas. 


A medida vale para serviços de saúde, educação, nutrição, moradia, trabalho, previdência e assistência social. Devem se beneficiar não só os pacientes com diagnóstico fechado, mas também aqueles casos em que há suspeita.


A Lei nº 12.764, que institui a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista", dá a esse grupo os benefícios legais de todos os indivíduos com deficiência, incluindo desde a reserva de vagas em empresas com mais de cem funcionários até o atendimento preferencial em bancos e repartições públicas.


O texto sancionado prevê ainda uma punição para gestores escolares que recusarem a matricular alunos com autismo. O responsável pela negação está sujeito a multa de 3 a 20 salários mínimos.


 O texto afirma ainda que "em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular (...) terá direito a acompanhante especializado".


A pessoa com autismo também não poderá ser impedida de participar de planos de saúde em razão de sua condição. Além disso, terão direito a atendimento com uma equipe de médicos, como neurologista, psiquiatra e terapeuta de fala.


O texto foi sancionado com vetos que causaram polêmica entre representantes do setor. Foram retirados dois dispositivos que garantem atendimento especial a alunos que não puderem frequentar a rede regular de ensino, sempre em função das necessidades de cada estudante.


O argumento do governo é de que a exclusão dos alunos autistas das escolas regulares é contrária à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é signatário. Segundo o acordo, todas as pessoas com deficiência devem ter acesso aos ensinos primário e secundário inclusivos.


Uma criança em cada 68 nos EUA é autista, 30% a mais que em 2012

Uma criança em cada 68 nos EUA é autista, 30% a mais que em 2012

Menino leva as duas mãos à região próxima à boca e olha para o nada


Uma em cada 68 crianças americanas tem autismo, de acordo com as últimas estimativas reveladas em 27 de março pelas autoridades de saúde, o que representa um aumento de 30% em comparação com os números de 2012. 
 
Há dois anos, uma em cada 88 crianças sofria transtornos do espectro autista (ASD), segundo o informe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).


As estimativas desta quinta-feira indicam que uma criança em cada 68, ou 14,7 crianças por mil, apresenta esta síndrome.


A distribuição geográfica do número de crianças autistas é irregular: de uma criança a cada 175 no Alabama (sul), a uma criança a cada 45 em Nova Jersey (nordeste).


De acordo com estes números, o autismo é quase cinco vezes mais comum em meninos do que meninas, com um menino a cada 42 meninas de um total de 189.


Há mais crianças brancas do que negras ou hispânicas afetadas pelo autismo, segundo o relatório do CDC.


O estudo mostra que a proporção de crianças autistas com um coeficiente intelectual (QI) mais elevado aumentou. Cerca de metade dos jovens com autismo têm um QI médio (85) ou mais alto. Uma década atrás, a proporção era de apenas 30%.


O relatório também revela que a maioria das crianças com autismo são diagnosticados após quatro anos de idade, embora a síndrome possa ser detectada a partir dos dois anos.


"Temos que fazer mais para diagnosticar crianças antes", diz Coleen Boyle, diretor do Centro Nacional de Defeitos Congênitos e Deficiências do Desenvolvimento dos CDC.


"A detecção precoce do autismo é a ferramenta mais eficaz que temos para fazer a diferença na vida dessas crianças", garante.


Fonte: Saúde Terra